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Considere Isto Ao Consumir Carboidratos: Tipo e Preparo Importam

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Carboidratos simples e superprocessados estão por toda parte: no seu espaguete favorito, no pão de sanduíche ou massa de pizza, em uma tigela saborosa de arroz frito e em todo doce que você saboreia, incluindo bebidas adoçadas. 

A maioria dos norte-americanos consome cinco refeições que contêm grãos refinados — como macarrão e arroz branco — todos os dias, de acordo com um estudo publicado no JAMA. 

Este artigo abordará tipos de carboidratos e formas melhores de consumi-los para promover a saúde em geral.

Tipos de Carboidratos

Embora os carboidratos forneçam energia para o corpo, nem todos são igualmente nutritivos. Ser seletivo(a) com o consumo de carboidratos é crucial para promover níveis saudáveis de glicose sanguínea e a saúde em geral. 

Carboidratos Simples

Carboidratos simples têm uma estrutura molecular mais básica, são mais facilmente consumidos pelo corpo e, geralmente, possuem um valor nutricional menor. Alguns exemplos de carboidratos simples são:

  • Doces
  • Pães
  • Refrigerantes

Carboidratos Refinados

Os carboidratos refinados são alimentos superprocessados, que tiveram seus nutrientes removidos. Alguns exemplos de carboidratos refinados são:

  • Açúcar refinado
  • Grãos refinados

Carboidratos complexos

Carboidratos complexos possuem estruturas moleculares mais longas e complexas, são mais ricos em fibras, são digeridos mais lentamente e, em geral, têm um valor nutricional mais alto. Alguns exemplos de carboidratos complexos são:

  • Vegetais
  • Mingau de aveia
  • Lentilhas

A melhor estratégia para promover a saúde em geral é escolher carboidratos complexos, como grãos integrais, frutas frescas e vegetais, que fornecem um alto teor de fibras e nutrientes que estabilizam seu nível de glicose sanguínea. 

Em uma meta-análise de 58 estudos publicada na revista The Lancet, os dados de observações indicaram que consumos mais altos de fibras foram associados a uma redução de 15-30% na mortalidade por diabetes, doenças do cólon e doenças cardíacas ou derrame dentre os participantes do estudo. Um consumo de cerca de 27 gramas de fibras por dia ofereceu a maior proteção. Portanto, coma grãos integrais, frutas frescas, vegetais, nozes, sementes e todos os tipos de feijão.

Na prática, apenas algumas pessoas abrem mão de sua dose diária de carboidratos refinados. Portanto, ao comer carboidratos simples, como pães, use o método "congelar, descongelar, tostar" para possivelmente reduzir o impacto deles na glicose sanguínea.

O Método Congelar, Descongelar, Tostar 

Você sabia que existem formas simples de preparar carboidratos altamente processados, como pão e arroz, impedindo que eles promovam a inflamação e aumentem a glicose sanguínea? 

Essa foi uma descoberta dos pesquisadores da Universidade Oxford Brookes do Reino Unido. Eles alimentaram dez indivíduos saudáveis com pão produzido de forma caseira e comercial, preparado de três formas:

  1. Tostado
  2. Congelado e descongelado
  3. Congelado, descongelado e, em seguida, tostado 

Depois, eles testaram o efeito que cada preparo teve no impacto do pão na glicose sanguínea dos participantes. Os pesquisadores descobriram que todos os três métodos reduziram significativamente o pico de glicose causado pelos carboidratos refinados em comparação com o pão fresco. O método mais efetivo — congelar, descongelar e tostar — reduziu o impacto glicêmico do pão em quase 40%. 

Esse processo funciona melhor porque congelar, descongelar e tostar altera a estrutura das moléculas de amido no pão — fazendo com que sua digestão seja mais lenta e reduzindo sua carga glicêmica.

Coma Carboidratos com Proteínas e Gorduras Saudáveis

Outra forma de ajudar a reduzir a carga glicêmica (e o pico de carboidratos) dos alimentos refinados, de acordo com um estudo publicado na revista Frontiers in Nutrition, é consumir carboidratos refinados com proteínas e gorduras saudáveis, como azeite de oliva ou vinagre. A combinação pode ajudar a desacelerar o processo digestivo para que os açúcares dos carboidratos não sobrecarreguem a corrente sanguínea tão rápido, o que causaria o pico de glicose.

Suplementos

Alguns suplementos podem ajudar a melhorar o controle da glicose sanguínea e a saúde em geral.

Magnésio

Se você tiver diabetes ou estiver em risco da doença, um estudo preliminar publicado na revista Nutrientes demonstrou que o consumo de magnésio estava associado a um aumento na sensibilidade da insulina. Os níveis de magnésio costumam estar baixos em pessoas com diabetes e, principalmente, em indivíduos com retinopatia severa. Pessoas com diabetes tendem a ter exigências de magnésio mais altas.

Berberina

Esse composto alcaloide encontrado na planta Coptis chinensis é usado na medicina chinesa e aiurvédica para controlar a inflamação e a infecção. Uma meta-análise recente envolvendo outros estudos sobre a erva, publicada no periódico Oxidative Medicine and Cellular Longevity, indica que ela também pode ter a capacidade de reduzir o nível de A1c (nível de glicose a longo prazo), diminuir a resistência à insulina e melhorar o metabolismo da glicose em pessoas com diabetes.

Porém, a berberina pode interagir com a metformina e outros medicamentos para o diabetes, portanto, converse com seu médico antes de tomar o suplemento.   

Referências:

  1. Burton P, Lightowler HJ. The impact of freezing and toasting on the glycaemic response of white bread. European Journal of Clinical Nutrition. 2007;62(5):594-599. doi:https://doi.org/10.1038/sj.ejcn.1602746
  2. Imamura F, O'Connor L, Ye Z, et al. Consumption of sugar sweetened beverages, artificially sweetened beverages, and fruit juice and incidence of type 2 diabetes: systematic review, meta-analysis, and estimation of population attributable fraction. BMJ. 2015;351:h3576. doi:https://doi.org/10.1136/bmj.h3576
  3. Shan, Zhilei, et al. "Trends in Dietary Carbohydrate, Protein, and Fat Intake and Diet Quality among US Adults, 1999-2016." JAMA, vol. 322, no. 12, 2019, pp. 1178–1187, https://doi.org/10.1001/jama.2019.13771.
  4. Yu, Danxia, et al. “Dietary Carbohydrates, Refined Grains, Glycemic Load, and Risk of Coronary Heart Disease in Chinese Adults.” American Journal of Epidemiology, vol. 178, no. 10, 15 Nov. 2013, pp. 1542–1549, academic.oup.com/aje/article/178/10/1542/104421, https://doi.org/10.1093/aje/kwt178.
  5. Greenwood, D. C., et al. “Glycemic Index, Glycemic Load, Carbohydrates, and Type 2 Diabetes: Systematic Review and Dose-Response Meta-Analysis of Prospective Studies.” Diabetes Care, vol. 36, no. 12, 21 Nov. 2013, pp. 4166–4171, www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3836142/, https://doi.org/10.2337/dc13-0325.
  6. Reynolds, Andrew, et al. “Carbohydrate Quality and Human Health: A Series of Systematic Reviews and Meta-Analyses.” The Lancet, vol. 393, no. 10170, Feb. 2019, pp. 434–445, https://doi.org/10.1016/s0140-6736(18)31809-9.
  7. Burton, P, and H J Lightowler. “The Impact of Freezing and Toasting on the Glycaemic Response of White Bread.” European Journal of Clinical Nutrition, vol. 62, no. 5, 4 Apr. 2007, pp. 594–599, https://doi.org/10.1038/sj.ejcn.1602746.
  8. Veronese, Nicola, et al. “Oral Magnesium Supplementation for Treating Glucose Metabolism Parameters in People with or at Risk of Diabetes: A Systematic Review and Meta-Analysis of Double-Blind Randomized Controlled Trials.” Nutrients, vol. 13, no. 11, 15 Nov. 2021, p. 4074, https://doi.org/10.3390/nu13114074.
  9. Guo, Jing, et al. “The Effect of Berberine on Metabolic Profiles in Type 2 Diabetic Patients: A Systematic Review and Meta-Analysis of Randomized Controlled Trials.” Oxidative Medicine and Cellular Longevity, vol. 2021, 2021, p. 2074610, pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34956436/, https://doi.org/10.1155/2021/2074610.
  10. “Berberine: MedlinePlus Supplements.” Medlineplus.gov, medlineplus.gov/druginfo/natural/1126.html.

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