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Os Benefícios da Meditação à Saúde

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Há milhares de anos – antes do incenso, dos gongos e da japamala – as pessoas meditavam para desacelerar a mente e se centrarem. Hoje, pessoas no mundo todo praticam meditação. A medicação é transformadora, e beneficia o corpo, a mente, o coração e o espírito. Assim como Deepak Chopra explica, "a meditação é uma forma de entrar na calmaria que já está presente – enterrada sobre os 50.000 pensamentos que uma pessoa comum possui todos os dias". Aqui estão algumas das formas como a meditação pode ajudar a saúde.

Reduz o estresse, a ansiedade e a depressão

O estresse (a resposta a ameaças), a ansiedade (preocupações com o futuro) e a depressão (arrependimento do passado) afetam a saúde e a felicidade. Quando não são tratados, esses problemas aumentam o risco de problemas físicos, incluindo dores de cabeça, doença cardíaca, diabetes, obesidade, erupções cutâneas e insônia.

A meditação, principalmente a meditação de atenção ou de inspiração (que envolve sentar-se confortavelmente e focar na respiração e no momento presente), melhora a saúde mental porque seus praticantes aprendem a acalmar a mente e reduzir preocupações e pensamentos estressantes. Com o tempo, a meditação literalmente altera a estrutura do cérebro (um fenômeno chamado de neuroplasticidade), aumentando a concentração, a paz e a produtividade, mesmo no meio de desafios e do caos.

Um estudo, publicado na revista Psychiatry Research, descobriu que pacientes com um problema de ansiedade que participavam de uma aula de meditação de atenção sentiam uma diminuição nos hormônios do estresse e nas respostas inflamatórias a uma situação estressante. Pesquisas com sobreviventes do câncer de mama indicaram que o aprendizado das técnicas de atenção da meditação melhora os sintomas do estresse e a qualidade de vida.

Certos suplementos e óleos essenciais também podem ser usados para reduzir o estresse, a ansiedade e a depressão. Boas escolhas incluem: erva-de-São-João (prescrita na Alemanha para a depressão moderada), valeriana e L-teanina, um extrato do chá verde que aumenta as concentrações de GABA e de dopamina. Duas classes de ervas, as nervinas e os adaptógenos, acalmam o sistema nervoso, permitindo que o corpo se adapte ao estresse. Excelentes nervinas incluem lavanda, erva-cidreira, kava-kava e scutellaria. Para obter adaptógenos, consuma um chá de manjericão sagrado/tulsi antes de meditar.

Reduz a hipertensão

Estresse, fumo, excesso de peso, sedentarismo, excesso de sal ou alcoolismo podem contribuir para a hipertensão. Por outro lado, a meditação pode ajudar a reduzir a pressão arterial. O efeito é tão poderoso que a American Heart Association recomenda a meditação como uma terapia complementar aos tratamentos comuns da hipertensão.

Enquanto o estresse ativar a resposta "lutar ou correr", a meditação ativa um efeito oposto, chamado de resposta de relaxamento. Durante esse estado de relaxamento profundo, as taxas de pulsação caem, e o nível de óxido nítrico, uma molécula que amplia e relaxa os vasos sanguíneos, aumenta. Para aumentar ainda mais a produção de óxido nítrico, experimente consumir chocolate amargo, pistache e os aminoácidos L-arginina e L-citrulina.

Alivia os sintomas da menopausa

Uma análise das terapias de corpo e mente (meditação, ioga e tai chi) descobriu que as terapias alternativas podem aliviar os sintomas da perimenopausa, incluindo fogachos, mudanças de humor, dores musculares e insônia. Comer alimentos à base de soja e linhaça, consumir as ervas cohosh preto ou dong quai ou tomar um suplemento de vitamina E também pode ajudar.

Auxilia a parar de fumar

Vários estudos sugerem que a meditação pode reduzir os desejos alimentícios e ajudar as pessoas a pararem de fumar. A meditação pode deixar você mais consciente de seus hábitos, melhorando o autocontrole e induzindo o relaxamento, de forma que não seja necessário que você acenda um cigarro para relaxar. A suplementação com GABA, um neurotransmissor que acalma o sistema nervoso, também pode ajudar a parar de fumar.

Tratar a asma

De acordo com o Center of Disease Control, 1 a cada 12 pessoas tem asma, um problema que causa inflamação e obstrução dos brônquios, dificultando a respiração e afetando a qualidade de vida. Apesar da meditação não conseguir parar um ataque de asma, ela pode reduzir o medo e a ansiedade associados aos ataques, além de reduzir os níveis de hormônios do estresse para que os sintomas fiquem menos severos. Tomar probióticos e prebióticos, como galacto-oligossacarídeos, também pode ser benéfico.

Reduz a dor crônica

Aproximadamente 100 milhões de adultos americanos são impactados pela dor crônica, incluindo dor nas articulações e artrite. O controle da dor crônica é difícil, principalmente sem o uso de opioides, um tipo de narcótico que é facilmente abusado.

A meditação, ao alterar os padrões cerebrais associados ao desconforto, pode ajudar a reduzir a intensidade da dor e restaurar o bem-estar. Mesmo iniciantes na meditação podem sentir alívios, aprendendo a relaxar e a controlar a reação da mente à dor. A fisioterapia e os suplementos cúrcuma, casca de salgueiro-branco, capsicum e unha do diabo são outros remédios naturais para a dor crônica.

Alivia dores de cabeça

Ao reduzir o estresse, o principal fator das enxaquecas, a meditação pode ajudar a reduzir as dores de cabeça. Um estudo, publicado na revista Headache, descobriu que as pessoas que participaram de um programa de redução do estresse de 8 semanas (MBSR) sentiram 1,4 menos enxaquecas por mês, além de uma redução na duração e na intensidade das dores de cabeça.

Auxilia a perda e o controle do peso

A meditação não só reduz a alimentação emocional ao aliviar o estresse, como também ajuda a regular o metabolismo e equilibrar o corpo e a mente, facilitando o controle do peso. Além disso, ela pode reduzir o nível de cortisol, um hormônio que ativa o apetite e o acúmulo de gordura corporal, principalmente ao redor da cintura. A prática regular da meditação pode lhe ajudar a comer de forma mais consciente (ex.: pensando no que vai comer), impactando de forma positiva o peso, a saúde e a sua relação com a comida.

Referências

  1. Meditation for Health: What the Science Says: https://nccih.nih.gov/health/providers/digest/meditation-science
  2. Brewer JA, Mallik S, Babuscio TA, et al. Mindfulness training for smoking cessation: results from a randomized controlled trial. Drug and Alcohol Dependence. 2011;119(1-2):72–80.
  3. Chen KW, Berger CC, Manheimer E, et al. Meditative therapies for reducing anxiety: a systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. Depression and Anxiety.2012;29(7):545–562.
  4. Goyal M, Singh S, Sibinga EM, et al. Meditation programs for psychological stress and well-being: a systematic review and meta-analysis. JAMA Internal Medicine. 2014;174(3):357–368.
  5. Reiner K, Tibi L, Lipsitz JD. Do mindfulness-based interventions reduce pain intensity? A critical review of the literature. Pain Medicine. 2013;14:230–242.

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